Paraíso

A ‘santinha’ e o ‘filho do diabo’


Paraíso, próxima novela das seis da Rede Globo, conta a história de amor entre o ‘filho do diabo’, Zé Eleutério (Eriberto Leão), e a ?santa?, Maria Rita (Nathália Dill). A jovem foi criada pela mãe Mariana (Cássia Kiss) como santa e enfrentou desde cedo o assédio do povo que procurava a menina em busca de milagres. Prevendo que aquilo poderia acabar em uma grande desgraça, seu pai Antero (Mauro Mendonça) mudou de cidade, sem presumir que a história o acompanharia por toda a sua trajetória.

A vida de José Eleutério (Eriberto Leão) também é cercada por um mito: carrega a fama de ?filho do diabo? por culpa do pai, o fazendeiro Eleutério (Reginaldo Faria), um grande contador de histórias conhecido por guardar um diabinho em uma garrafa. A imaginação do povo atribui ao rapaz esta alcunha porque sua mãe morreu no parto depois que o ?coisa ruim? chegou à casa da família. O menino cresceu e se revelou um aventureiro que gosta de desafiar a vida e a morte.

Os jovens acabaram se encontrando em uma curva nos arredores da cidade de Paraíso e com uma troca de olhares entrelaçaram suas vidas.

?Armadilha do destino? Talvez esta fosse a melhor descrição para o encontro inesperado que deixou marcas no coração do filho do demo e da doce Santinha. Um olhar. Um sorriso. Um beijo roubado. É o quanto basta para alguém se apaixonar?, escreve Benedito Ruy Barbosa.

Paraíso é uma adaptação da novela homônima de Benedito, que foi exibida pela Rede Globo em 1982. A nova versão conta com adaptação de Edmara Barbosa e Edilene Barbosa, direção geral de Rogério Gomes, e tem estreia prevista para março

Padre Bento fala sobre a santidade de Maria Rita

Ao almoçar com Padre Bento (Carlos Vereza), Eleutério (Reginald Faria) aproveita para tirar uma dúvida: seria Maria Rita (Nathalia Dill) mesmo santa? O pároco, embora pareça mais preocupado em comer do que conversar, relembra a história da pretensa religiosidade da jovem, que, segundo ele, é mais um castigo do que uma benção.

De acordo com o padre, Mariana (Cassia Kiss) tinha um sonho na vida: servir a Deus. Seu pai, no entanto, não queria deixar sua única herdeira no convento. Obrigada, Mariana se casou com Antero (Mauro Mendonça) e seu calvário era se imaginar dormindo na mesma cama em que o marido. Por mais que Antero fosse gentil, não havia amor. Somente dentro da casa de Deus Mariana encontrava sentido na vida, mas a maternidade eventualmente a alcançou. E mesmo que não planejasse dar um bebê à luz, Maria Rita (na infância vivida por Mariana Mamoré) nasceu e ela a amou. Amou tanto que logo cedo quis traçar o caminho que a menina deveria seguir: o mesmo que ela, no passado, teria seguido, se o pai tivesse deixado. Sem se dar conta, cometeu o mesmo erro que o pai havia cometido com ela anos atrás, intitulando-a de santa.

Maria Rita foi criada pela mãe dentro da igreja, assistindo as missas e as rezas. A promessa de que a filha viraria freira e a fé exacerbada de Mariana criou e alimentou a santidade da filha. Não demorou para a população da região procurar pela santinha, em busca de salvação. Eram vendidos santinhos com a foto da menina, terços bentos, e Antero, contrário a tudo aquilo, cansou de avisar que um dia uma desgraça aconteceria. O fazendeiro não tinha forças para lutar contra todas as maluquices da esposa e, prevendo o pior, mudou com a família do sul da Bahia e para uma fazenda em Paraíso. Mal podia imaginar que a história o acompanharia.

“Paraíso” é uma adaptação da novela homônima de Benedito Ruy Barbosa, que foi exibida pela Rede Globo em 1982. A autoria da novela é de Benedito Ruy Barbosa, com adaptação de Edmara Barbosa e colaboração de Edilene Barbosa, direção de geral de Rogério Gomes e direção de Felipe Binder, Pedro Vasconcelos e Paulo Guelli.

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